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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo

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O uso de estrangeirismos por profissionais do setor terciário – contributo para um estudo sociolinguístico

Autores:
Maria Madalena Teles de Vasconcelos Leite Dias F. Teixeira (ESE-IPSANTARÉM/CEAUL - FLUL - Escola Superior de Educação do IPSantarém/ Centro de Estudos Anglísticos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa)

Resumo:

Ao falarmos de linguagem é inevitável não considerarmos o uso de estrangeirismos. Não só porque há vozes que os consideram barbarismos, mas também porque os contextos do quotidiano de cada falante se reveste matizes condicionadoras do(s) uso(s) linguístico(s).  Assim, torna-se ,de facto, imprescindível reflectir sobre questões relacionadas com a língua, nomeadamente o uso de léxico de origem estrangeira e as circunstâncias desse mesmo uso.

Mas poderá a utilização de estrangeirismos intensificar a associação entre linguagem e faixa etária? Será que as actuais políticas económicas, educativas e socais contribuem para uma realização linguística diferenciada, dos estrangeirismos.  

Para dar uma resposta a estas questões, utilizou-se uma metodologia de natureza qualitativa. Procedeu-se à construção de um corpus baseado em textos orais obtidos através da gravação de entrevistas (Ludke & André, 1986), no sector terciário. Tendo como quadro teórico a sociolinguística (Chambers, 2002) e a perspectiva de tempo aparente de Dante Lucchesi (1998) e como ferramenta de análise quantitativa o programa informático SPSS, foi possível observar variação linguística.

Assim, esta investigação conduziu às seguintes conclusões: i) a atualização de estrangeirismos permite inferir que este uso se articula com a faixa etária dos falantes; ii) o grau de escolaridade dos falantes é um factor determinante para as suas opções lexicais de origem estrangeira; iii) a predominância do inglês, relativamente ao uso de outras línguas.