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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo

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O CORPO MUTILADO: RELAÇÃO DE VIDA E MORTE

Autores:
Patrícia Aparecida da Silva (UNEMAT - Universidade do Estado do Mato Grosso)

Resumo:

O interesse pela temática do suicídio nasceu a partir da vivência como professora em uma escola da rede pública de ensino. Nesta experiência, convivemos com alunos(as) que apresentam as características atuais que têm predisposto os adolescentes ao suicídio: mutilação do próprio corpo, depressão e um processo permanente de alheamento e ausência de vivacidade para as atividades em sala de aula.

O mês de setembro de todos os anos é dedicado ao combate ao suicídio (Setembro Amarelo), contudo, dado o aumento significativo nos números de suicídio, uma grande ênfase foi dada à campanha do corrente ano, o que favoreceu a divulgação, por diferentes mídias, de estatísticas alarmantes: mais de um milhão de pessoas tiram a própria vida todos os anos no mundo.

Trata-se, portanto, de um problema social e cultural de grande relevância para a saúde pública, e que não pode ser negligenciado. Nesta direção caminha o nosso interesse pela presente pesquisa, que pretende dar visibilidade ao tripé Corpo- suicídio, Redes sociais e Adolescência-sujeito, para a análise e compreensão discursiva do fenômeno crescente do suicídio. Quais seriam as “mãos” que empurram os jovens a este ato tão cruel? Em uma concepção lacaniana seria o grande Outro, o principal contribuinte neste processo? O que o novo modelo de sociedade/família tem feito com esses jovens (os principais alvos – através das redes sociais), para colocarem a vida tão a mercê de um serial killer ( com uma nova roupagem, consideravelmente desafiadora)? Por que, diante de situações “semelhantes”, algumas pessoas se precipitam num ato suicida e outras não? Por qual razão querem chamar a atenção (o famoso termo –“ acting out” (não tinha intenção de cometer o suicídio, não para chamar a atenção, mas para clamá-la, nos casos de relações amorosas)?