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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


POLÍTICAS LINGUÍSTICAS NO ENSINO DE LÍNGUAS NO BRASIL: SOLUÇÃO OU DESAFIO? ENTREVISTA COM VILSON JOSÉ LEFFA

Autores:
Rosangela Peccinini Lazaretti (UNEMAT - UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO) ; Adriana Aparecida Carvalho Pereira (UNEMAT - UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO)

Resumo:

Atendendo a proposta da disciplina de Letramento e Sociedade, que propunha entrevistar pesquisadores de diversas áreas do ramo da linguagem no intuito editar um livro, coube-nos refletir sobre Políticas Linguísticas. Para tanto, durante a CIELIN 2018, Conferência Internacional de Estudos da Linguagem na UnB - Universidade de Brasília, entrevistamos o professor Vilson José Leffa almejando compreender sua definição de Políticas Linguísticas e as contribuições destas no processo de ensino e aprendizagem de línguas no Brasil. Fundamentados nas publicações de Leffa, trabalhamos com a noção de Política Linguística, que considera a língua não apenas como um sistema estruturado e organizado em níveis, mas também, como uma atividade em cuja materialidade torna-se possível reconhecer as relações com o poder e com a ética. O professor Leffa enfatiza que a principal finalidade das Políticas Linguísticas é primar por ações que orientem o ensino da língua na direção de contribuir com a construção da cidadania. No que diz respeito às Políticas Linguísticas no ensino de línguas, há de se considerar a dualidade de sistemas linguísticos, envolvendo não só a língua a ser estudada, mas também a do aluno, pois a língua é um objeto complexo revestido da prática social do sujeito. Quando indagado sobre como se efetivam as Políticas Linguísticas, o professor, afirma que estas devem resultar da responsabilidade do Estado com relação à língua, envolvendo a implementação e a manutenção de propostas provenientes da tomada de decisões, que envolvam órgãos públicos e os diversos organismos e agentes da sociedade. Assim, na fala do professor, as Políticas Linguísticas podem ser compreendidas como: o lugar onde os estudos da linguagem entram em contato direto com o Estado e suas ações, naquilo que diz respeito a decisões, regras, regulamentações, orientações sobre o status de uma língua, seu uso, seus territórios e os direitos dos usuários.