Imprimir Resumo


Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


DESIGUALDADE DE GÊNERO: “AGUENTEI POR MUITO TEMPO”

Autores:
Débora Sousa Martins (UNB/IF GOIANO - UnB - Universidade de Brasília /IF Goiano - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tenologia Goiano )

Resumo:

Este trabalho é fruto da disciplina Análise de Discurso e Ensino, ministrada pela profa. Dra. Maria Luiza M. Coroa, minha orientadora, na Universidade de Brasília, no Programa de Pós-Graduação em Linguística. O estudo  procura compreender e averiguar as marcas da desigualdade de gênero que saltam aos olhos no discurso das mulheres de Nova Vista de Goiás. Nessa forma, o objeto de estudo nesse trabalho são os discursos das mulheres de Nova Vista de Goiás- GO, visto que para Bakhtin (2003) o interdiscurso, a história, a ideologia, e o contexto participam ativamente na construção dos sentidos. E esses podem ser analisados via discurso. Assim sendo, o objetivo do estudo é analisar discursivamente as marcas de violência de gênero nas enunciações das mulheres do Povoado de Nova Vista de Goiás – GO, sobre a violência sofrida por elas, ou não, no ambiente familiar. Observar-se a, dessa forma, se aparecem marcas de violência no discurso das colaboradoras.  O corpus de análise é composto por enunciados de quatro (4) colaboradoras do Povoado de Nova Vista- GO, participantes do Curso Artesanato à mão. Dessa forma, como recurso teórico-metodológico nos pautaremos nas contribuições da Análise do Discurso Crítico (ADC), principalmente nos estudos de Fairclough (1992[2001]), Wodak e Weiss (2005) e Guimarães (2007). Assim também como nas pesquisas de Pinto (2003, p. 38), Schraiber, D’Oliveira e Couto (2006), Scott, (1996, p.19), Hall (2006, p.12), Foucault (1990) entre outros para abordar, gênero, violência doméstica, identidade e relações de poder.  O estudo é de cunho descritivo-interpretativo, na perspectiva qualitativo (LÜDKE; ANDRÉ, 1986) e Flick (2009). Comprova-se a partir dos resultados que na tessitura discursiva das mulheres de Nova Vista de Goiás existem várias marcas de violência de gênero e que elas ainda precisam ser submetidas a um acompanhamento profissional para amenizar os sentimentos e sofrimentos ainda presentes na memória.