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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


APONTAMENTOS SOBRE O VOCABULÁRIO DA ESCRAVIDÃO NO BANCO DE DADOS DO DICIONÁRIO HISTÓRICO DO PORTUGUÊS DO BRASIL – séculos XVI, XVII e XVIII

Autores:
Mayara Aparecida Ribeiro de Almeida (UNESP - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA )

Resumo:

Neste trabalho apresentamos os resultados parciais alcançados em nossa pesquisa de doutorado, em fase inicial, intitulada “O léxico da escravidão no Brasil Colonial (1500 a 1808): proposta de um vocabulário”, em desenvolvimento no Programa de Pós-graduação de Linguística e Língua Portuguesa da Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara (UNESP/FCLAR) sob orientação da Profª. Drª. Clotilde de Almeida Azevedo Murakawa. Este projeto objetiva elaborar um vocabulário sobre a escravidão negra e indígena durante o período do Brasil Colonial, tendo como corpus o bando de dados do Dicionário Histórico do Português do Brasil – séculos XVI, XVII e XVIII (DHPB). Para tanto, à luz da Lexicologia e da Lexicografia, percorreremos o seguinte caminho metodológico. Inicialmente, a partir de uma lista de lexias sobre a escravidão inventariada em nosso mestrado, consultaremos o banco de dados por meio da ferramenta computacional Philologic. Em seguida, selecionaremos as lexias que comporão o vocabulário, mediante a observação de seus contextos e da consulta aos dicionários Bluteau (1712-1728), Silva (1813), Vieira (1871-1874), Vainfas (2000), Ferreira (2005) e Houaiss e Villar (2009). A posteriori, passaremos para a fase de descrição e análise dos dados linguísticos, a qual se dividirá em três etapas: i) elaboração das fichas lexicográficas, contendo todas as definições encontradas nos dicionários para cada lexema; ii) estruturação destes lexemas em campos lexicais – com base nos conhecimentos teóricos apresentados por Geckeler (1976), Coseriu (1977), Biderman (1987), Lopes e Rio-Torto (2007) e Vilela (1979) e iii) análise das lexias – de modo a tornar claras as relações estabelecidas entre elas. Por fim, para a elaboração do vocabulário, a pesquisa se fundamentará em autores que versam acerca do fazer lexicográfico, como Bosque (1982), Haensch et al. (1982), Biderman (1984), Rey-Debove (1984), Sandmann (1990), Porto Dapena (2002), Garriba Escribano (2003), Castillo Carballo (2003), Welker (2004) e Murakawa (2011).


Agência de fomento:
CNPq