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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo

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APRENDENDO ENTRE CULTURAS: TEMPO, ESPAÇO E TERRITÓRIO EM UMA EXPERIÊNCIA INTERCULTURAL NO ENSINO DE PLE

Autores:
Nayara Costa Araújo (IFG - INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA)

Resumo:

A concepção de aula como mera transmissão de conhecimento tem sido debatida há anos. Foi criticada por diversas áreas do conhecimento como a filosofia (ADORNO, 2006). A ideia de aula como uma experiência na qual o professor é detentor do conhecimento e os alunos meros receptáculos têm sido desconstruída por várias pesquisas. Conforme Antunes (2003), a aula de português, sobretudo, é um momento de encontro e interação. Isso fica muito claro no ensino de português para nativos, pois eles já dominam uma variante do português. Mas e quando diz respeito a estrangeiros em suas mais diversas condições (crianças, universitários, refugiados, turistas)? É comum ao se querer aprender e ensinar uma língua preocupar-se apenas com o aspecto linguístico, quando na verdade, o aspecto cultural está intrinsecamente relacionado. O papel do professor de línguas deve “partir de uma diretriz comunicativo-humanizadora de ensino/aprendizagem” (KFOURI-KANEOYA, 2015), devendo levar em consideração os aspectos culturais do estudante. Para se fazer isso, algumas categorias devem ser levadas em consideração como tempo, espaço e território (SILVA; SANTOS, 2013). O que se pretende a partir desses três eixos é comparar como os sujeitos percebem e materializam discursivamente as categorias tempo, espaço e território no Brasil, comparando-as à sua cultura. Partindo de princípios teóricos da Linguística Aplicada (LOPES, 2010) e da Análise do Discurso – especificamente os conceitos de condições de produção, memória discursiva e subjetividade – (BRANDÃO, 2012; MUSSALIM, 2004), realizaremos entrevistas semi-estruturadas com alunos e anotações de observação das aulas de língua portuguesa para alunos sírios, no projeto “Be Welcome”.


Agência de fomento:
IFG