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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


Os caminhos da discursividade fitotopônima no vocabulário onomástico-toponímico de um Bairro em Araguaína-TO.

Autores:
Rubens Martins da Silva (UNITINS - Universidade Estadual do Tocantins)

Resumo:

O contexto dos estudos toponímicos congrega, a partir da nomeação estabelecida pela Onomástica, a análise e a descoberta dos sentidos atribuídos, por exemplo, aos nomes das ruas. Nesse sentido, o presente trabalho analisa, a partir da fitotoponímia, os sentidos estabelecidos nos caminhos históricos, geográficos e discursivos que resultaram na constituição do vocabulário onomástico-toponímico do Bairro Jardim das Flores, o qual recebeu, por desapropriação, os moradores das margens da Avenida Filadélfia em Araguaína-TO.  A base teórica desta investigação no contexto da Toponímia, ciência que estudo os estudos dos nomes de lugares, em recorte fitotopônimo, segue os caminhos da discursividade nos pressupostos onomásticos estabelecidos por Dick (1990; 1997), Pereira (2009), e pelos sentidos dos discursos instituídos por Pêcheux (2010) e Orlandi (2015). Metodologicamente, a investigação é de cunho qualitativo (FLICK, 2009), buscando respostas para: O que significa os nomes dados às ruas do bairro em epígrafe? Qual a discursividade presente nestes nomes em relação ao local de deslocamento, e agora de ocupação pelos moradores do lugar anterior? De que forma a nominação fitotopônima contribui para a constituição de discursos aos sentidos da Toponímia, enquanto disciplina que investiga o estudo do léxico? Analisando os nomes do lugar de mudança, a Avenida Filadélfia, e os nomes das ruas, num total de 11, a saber: Rua das Malvas, Rua das Violetas, Rua dos Lírios, Rua Ipê Amarelo, Rua das Tulipas, Rua dos Hibiscos, Rua dos Gerânios, Avenida Jasmin e, talvez por contraste, as Ruas “A”, “B” e “Um”. Diante do exposto, o presente estudo problematiza, a partir da fitotoponímia, os aspectos de contexto histórico, geográfico e discursivos que os estudos da língua portuguesa dão ao conhecimento da relação entre o ser humano e seu lugar de ocupação, desde a constituição proposital ou por deslocamento ao lugar do (des)sentido.