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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


A ORALIDADE NO LIVRO DIDÁTICO DE LÍNGUA PORTUGUESA: AVANÇO OU RETROCESSO?

Autores:
Natália Coêlho Bagagim (UFCG - UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE)

Resumo:

Este estudo objetivou analisar se a modalidade oral, mais especificamente os gêneros orais são abordados em um livro didático numa perspectiva interacionista que visa as práticas sociais nos diferentes usos da língua ou se a abordagem é feita de forma aleatória apenas com leitura em voz alta ou de modo fragmentado. A base teórica foi respaldada, especialmente em Marcuschi (1986, 2001a e 2001b, 2002, 2005) que traz a ideia de língua em seus contextos de usos e que defende a oralidade como prática social interativa; Cavalcante e Teixeira (2007) baseiam-se nos estudos de Marcuschi, nas quais refletem acerca da atuação da oralidade na sala de aula; Castilho (1998) que caracteriza a modalidade oral como situação de interlocução. A pesquisa supracitada é um estudo de caráter qualitativo e interpretativo. Para a análise, foi selecionada a nona edição do nono ano da coleção didática: Português: linguagens, de autoria de William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães, publicada pela Editora Saraiva no ano de 2015 e que se encontra em regência em sala de aula atualmente. A pesquisa ainda está em andamento, mas já se pode reconhecer que há abordagem de um gênero oral que condiz com as práticas sociais, e que é evidenciado de modo a preparar o aluno para situação real de comunicação formal, porém a modalidade oral é abordada em apenas um único gênero no livro didático. Dessa forma, tendo como referência os resultados iniciais desta pesquisa, é possível afirmar que o material didático traz a abordagem da modalidade oral numa perspectiva mais inovadora, na qual evidencia gêneros de uso sociais, entretanto a disseminação desses gêneros nos livros ainda é muito limitada.