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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo

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O que eu levo desta oficina de análise linguística? A co-construção do conceito de análise linguística em um curso de formação continuada de professores

Autores:
Fernanda Vanessa Machado Bartikoski (UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos)

Resumo:

Esta apresentação busca refletir sobre o processo de co-construção do conceito de análise linguística, ocorrido durante uma oficina ofertada a professores de língua portuguesa de uma rede municipal de ensino, da região metropolitana de Porto Alegre, como parte integrante de uma formação continuada. Antes do início da oficina, para sabermos o que os professores entendiam por análise linguística, eles foram convidados a responder um questionário. Com base nas respostas, percebemos que havia um entendimento bastante diversificado sobre o que era análise linguística. O conjunto de respostas ajudou-nos a mapear estes entendimentos: a maioria dos docentes reconhecia a relação entre produção textual e análise linguística; e correlacionava a análise linguística à reflexão sobre a língua; embora, em outras respostas, alguns professores confundissem análise linguística com ensino de gramática tradicional. Diante disso, a oficina foi dividida em dois encontros: o primeiro voltado à conceituação de análise linguística, seu distanciamento do ensino de gramática e sua implicação nas propostas de ensino; o segundo com foco no reconhecimento de elementos linguísticos significativos presentes no gênero textual panfleto, didatizado para a formação, e na proposição de atividades de análise linguística voltadas ao mesmo gênero. A oficina partiu da concepção de linguagem como interação, com base nos estudos de Geraldi ([1986] 2006), Franchi (1991), Bezerra e Reinaldo (2013) e Mendonça (2006).  Os dados gerados durante a oficina estão em fase de análise. Como resultados preliminares, apontamos que grande parte dos professores utilizava o texto como pretexto para o estudo gramatical, embora não tivessem sinalizado essa prática no questionário. Tal evidência foi discutida e repercutiu entre os professores, evocando falas que demonstraram a relevância da formação para o desenvolvimento de novas competências e da tomada de consciência, principalmente com relação ao papel atribuído ao texto e às atividades de análise linguística na aula de Língua Portuguesa. 


Agência de fomento:
CAPES