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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


A IMPORTÂNCIA DA EXPERIÊNCIA LITERÁRIA NO PRAZER PELA LEITURA

Autores:
Gisele Arruda Eckhardt (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

Resumo:

Este trabalho advém de leituras realizadas no Mestrado Profissional em Letras (PROFLETRAS) e experiências com o ensino fundamental em uma escola municipal localizada em São Gonçalo. A princípio, meu objetivo era tentar compreender as dificuldades dos aprendizes na compreensão e produção textual. Todavia, após ser sensibilizada com a narrativa de Petit (2010), minha perspectiva mudou, porque entendi que, antes de tudo, precisava apresentá-los à leitura de uma forma sedutora, prazerosa e interior, de forma que a literatura pudesse ser sentida – algo que, segundo Petit, foi por muito tempo ignorado na escola (PETIT, 2010, p.63). Ou seja, os educandos precisavam ter uma experiência literária (LOPES, 2003). Portanto, em decorrência das reflexões feitas, houve uma transformação em minha prática na forma que lido com a leitura em sala de aula: agora há espaço para a oralidade, mediante a escuta e a expressão de seus pontos de vista e, nesse sentido, percebo que os discentes não apresentam mais medo de se manifestarem. Sendo assim, como metodologia, utilizei a pesquisa-ação, dado que reflito sobre a minha prática e, através disso, procuro transformá-la. Ademais, como gênero escolhido para envolvê-los, optei pelos contos de fadas, considerando a atemporalidade, os dilemas humanos e a capacidade de alcançar gerações. A esse respeito, Zilberman (2003, p.132) discorre que a literatura infantil “é necessariamente formadora, mas não educativa no sentido escolar do termo (...). Nessa medida, o gênero pode exercer o propósito de ruptura e renovação característico da arte literária”. Sendo assim, verifico um progresso em minhas aulas na relação que os alunos têm com o texto, vivenciando-o, sendo tocados pela história contada e reconhecendo-se protagonistas do conto, dado que “tornando-se leitor, cada um passa a ser ator e autor da própria vida” (PETIT, 2010, p.131).

 


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