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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


O ENSINO DO LÉXICO BANTU NA AULA DE PORTUGUÊS EM ANGOLA Implicações Morfo- semânticas

Autores:
Teresa Manuela Camacha José da Costa (ISCED - Instituto Superior de Ciências da Educação - Luanda)

Resumo:

Angola é um país plurilingue pois, de uma forma geral, um angolano possui a competência individual de falar uma ou mais línguas locais, chegando mesmo a comunicar por meio delas e ao mesmo tempo, é multilingue, pois no contexto social, integra várias línguas locais.

            Durante a colonização o português foi a língua de ensino. Depois da independência, o governo angolano optou pela sua permanência, não só como língua de ensino mas também como língua oficial.

Hoje, a língua portuguesa joga um papel de grande importância: o de ser a língua de unidade nacional. Sobre isso, Perpétua Gonçalves (1996) afirma: “Entre razões que motivaram a escolha da permanência do português nos países africanos de recente independência foram o de desempenhar o papel de língua de unidade nacional, além de funcionar como língua de unidade internacional.

Na altura da independência no nosso país, já existia um número de angolanos que conhecia e usava a língua portuguesa, embora se reconheça que a maior parte, como refere Beatriz Mendes (1985: 81), se limitasse às palavras utilitárias e essenciais que antes da independência servia mais os próprios colonos, “barrando” a compreensão entre os falantes nativos de tribos diferentes entre si, através da língua portuguesa.

É nesta situação que a língua portuguesa se desenvolve e hoje é ensinada em sala de aulas, num convívio e contacto linguístico.

É exactamente isso que Manuel Martins (1958) afirma: “A Língua Portuguesa deixou marcas por onde passou.”

            Na nossa comunicação, procuraremos demonstrar essas interinfluências lexicais, num contributo para a compreensão do léxico angolano, sobretudo o da língua umbundu, sua estrutura morfológica e semântica e as metodologias a adoptar na sala de aulas.