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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


A disciplina Prática como Componente Curricular no curso de Letras do IFG – Câmpus Goiânia e suas implicações para a escrita colaborativa

Autores:
Paula Franssinetti de Morais Dantas Vieira (IFG - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás)

Resumo:

A disciplina PCC (Prática como Componente Curricular) faz parte da grade do Curso de Letras sendo oferecida do primeiro ao oitavo períodos. Esta apresentação objetiva fazer um relato da experiência adquirida ao longo de três semestre letivos durante os quais trabalhou-se o desenvolvimento de projetos de escrita textual com os alunos de maneira individual e coletiva por meio do uso de blogs. Sabemos que o processo de escrita pode representar uma tarefa árdua para o aluno e, para tanto, o papel do professor como mediador é fundamental. Nesse sentido, amparei-me na teoria colaborativa (ALLWRIGHT; BAILEY, 1991; BASSI, 2006; BRUFEE, 1999; CARVALHO, 2006; FIGUEIREDO 2006a; FIGUEREDO, 2007; FIGUEIREDO; LIMA, 2013, entre outros) e em estudiosos que tratam da importância do feedback corretivo como forma de auxiliar o aluno em seu processo de escrita (FIGUEIREDO, 2009; GOLDSTEIN; CONRAD, 1990; GOLDSTEIN, 2006; HANEDA, 2004; LEE, 2008, 2010, 2014; WALKER, 1992; ZAMEL, 1985, entre outros). Os dados aqui discutidos referem-se às três primeiras turmas do curso (com entrada em 2015/1, 2015/2 e 2016/1) e buscam apresentar os textos desenvolvidos pelos alunos de maneira individual e coletiva e que tratam das visitas técnicas realizadas aos espaços de cultura de Goiânia e de São Paulo (museus e mercados, por exemplo) que, ao final do semestre, culminaram no desenvolvimento de blogs. Cada grupo deveria, após as postagens das fotos e dos textos, escrever comentários sobre suas experiências acerca do espaço ou da obra descrita com a finalidade de estimular trocas e de ampliar as sensações obtidas durante as visitas realizadas. Com essa experiência, foi possível observar que o processo de escrita colaborativa (aluno/aluno e aluno/professor) traz resultados benéficos para aquele que escreve, afinal, as trocas dialógicas (sugestões e correções) ampliam as possibilidades de escrita de cada aluno e favorecem o desenvolvimento da percepção corretiva de maneira geral.