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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


ALFABETIZAÇÃO EMANCIPATÓRIA NOS PROGRAMAS DE ACELERAÇÃO DE APRENDIZAGEM

Autores:
Mayara Conceição do Amaral (UFF - Universidade Federal Fluminense)

Resumo:

Esta pesquisa baseia-se em investigar a trajetória escolar dos alunos participantes das Classes de Aceleração de Aprendizagem no Município de Itaboraí no Rio de Janeiro. Decorridos quase 20 anos da criação do Programa Aceleração da Aprendizagem, surgem algumas questões: como pode haver nas escolas tantos alunos com distorção idade-série em um mesmo município? Quais metodologias utilizar para facilitar a aprendizagens desses alunos? Embasada em autores como PATTO, ARROYO, ESTEBAN, HOFFMAN, PAULO FREIRE, GARCIA, PEREZ, dentre outros, desenvolvi um estudo investigatório tendo como objetivos específicos: Pesquisar e comparar as experiências de alunos de turmas de aceleração; Identificar diferentes interferências no universo escolar do aluno durante sua permanência nesta classe; Compreender as dificuldades dos alunos nas séries/anos anteriores às classes de Aceleração. Que fatores internos e externos à escola contribuíram para o fracasso desses alunos? Tendo em vista que os alunos destas classes são oriundos das classes populares e apresentam baixo autoestima em relação aos estudos, o objetivo do Programa de Aceleração além de corrigir a idade-série dos alunos com a intenção de reduzir a repetência e a evasão escolar, pois permitem aos alunos cursarem duas séries em um ano letivo, é também incentivar projetos que promovam a autonomia e a elevação de autoestima do aluno. Além de efetivar perspectivas de avaliação que pressuponham uma perspectiva emancipatória com base na relação conteúdo e cotidiano (ESTEBAN, 2006). Acompanhando uma turma de aceleração II neste município, percebeu-se que o projeto que está sendo desenvolvido em 2018 já apresenta grande avanços nos campos afetivos, de linguagens e de compreensão das atividades. Pensar em alfabetização emancipatória nestas classes é se desprender das amarras da irracionalidade e das práticas eurocêntricas que ainda desempenhamos nas salas de aula. Pensar e propor de acordo com a necessidade da turma atividades que movam pensamentos e ações em prol do concreto.