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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


PRÁTICAS TRANSLÍNGUES E NEGOCIAÇÃO DE SENTIDOS NAS AULAS DE LÍNGUA ESPANHOLA EM ZONA DE CONTATO BRASIL/BOLÍVIA

Autores:
Lorene Fernández Dall Negro Ferrari (UFMS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL)

Resumo:

 O ensino de línguas estrangeiras tem tradicionalmente se pautado em teorias que enfatizam a visão monolíngue de língua e cultura (Canagarajah, 2013, Pennycook, 2010, Garcia, 2010). Delimitados pelo paradigma monolíngue, qualquer outra possibilidade de prática linguística, é tida como inaceitável e desvio, pois dessa maneira está destruindo normas rígidas e suas hierarquias. O presente trabalho tem por objetivo discutir uma pesquisa qualitativa de cunho exploratório e interpretativo para o ensino de espanhol que valoriza práticas translíngues como prática de justiça e prática social (Garcia, 2011), como resultado de práticas colaborativas na construção da aprendizagem e desenvolvimento de práticas de letramentos. A análise apresentada tomará como base os momentos de interação de alunos brasileiros estudantes da língua espanhola em produções oral e escrita. O trabalho se fundamenta ainda, em Rocha e Maciel (2015) que defendem a orientação translíngue como uma forma de repensar contextos pedagógicos que problematizem o papel do professor de línguas estrangeiras. Busca-se, nessa visão, um redirecionamento e ressignificação de focos e objetivos ligados ao ensino de línguas estrangeiras como ênfase na padronização. No mundo globalizado, os estudos sobre os processos de comunicação/linguagem percorrem o caminho de construir e desconstruir conceitos.   Defende, portanto, a compressão do processo de ensino e aprendizagem e sua relação mais ampla com as questões de negociação de sentidos nas aulas de línguas em zonas de contato e a inclusão de diversas semioses.