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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo

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Será que faltam sinais? Refletindo sobre o processo dialógico na Tradução da Libras para Língua Portuguesa: Professor – intérprete -aluno

Autores:
Andrey Gonçalves Batista (UFABC - Universidade Federal do ABC) ; Claudia Regina Vieira (UFABC - Universidade Federal do ABC)

Resumo:

O espaço estudado para este trabalho foi a Escola Preparatória da UFABC - EPUFABC – trata-se de um projeto da Universidade Federal do ABC que atende a comunidade com o intuito de preparar os alunos para os processos seletivos de acesso ao ensino superior; esse projeto conta a alguns anos com reserva de vagas para alunos surdos, o que exige a presença de Tradutores Intérpretes de Língua de Sinais/ Língua Portuguesa – TILSP na interlocução das aulas entre os alunos e professores e também entre os próprios intérpretes. Essa situação nos levou a relatos como a dificuldades em encontrar “sinais da Libras” para expressar alguns conceitos científicos, essa é uma característica que professores e tradutores intérpretes de Libras no ambiente educacional relatam a algum tempo, já que a língua, enquanto “fenômeno social da interação verbal” se manifesta no indivíduo e apresenta sentido em seu contexto sócio histórico. Sendo a Libras uma língua em que os estudos estão se iniciando e como é uma língua com modalidade diferente da Língua Portuguesa, realizar a tradução não se resume apenas em encontrar um corresponde sinal-palavra, por isso pretendemos trazer uma reflexão acerca das negociações que são realizadas entre professores e intérpretes - que sempre trabalham em duplas - na condução do processo tradutório das aulas e consequentemente dos simulados que são todos traduzidos para a Língua de Sinais. Exemplificando algumas escolhas no momento da tradução como resultado problematizamos que a não “existência” de termos científicos catalogados, isto é, sem correspondência exata entre sinal-palavra, não inviabiliza a enunciação/produção e nem deve ser visto como um demérito da Libras, mas como um processo que como acontece com todas as outras línguas deve ser estudo e significado a partir das interações dos agentes/falantes.