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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
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A FALTA DE CONCORDÂNCIA NOMINAL OU O APAGAMENTO DO PLURAL NUM CONTEXTO SOCIOCUTURAL

Autores:
Cleuzira Custodia Pereira (UEG - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS)

Resumo:

A FALTA DE CONCORDÂNCIA NOMINAL OU APAGAMENTO DO PLURAL

NUM CONTEXTO SOCIOCULTURAL

 

Esta pesquisa tem por objetivo investigar o apagamento do plural em sintagmas nominais a partir de entrevistas com falantes de uma comunidade de fala da cidade de Goiás, no estado de Goiás. Uma das discussões fundamentais presente nos Parâmetros Curriculares Nacionais envolve a concepção diferenciada acerca da linguagem. Desde sua implantação, este documento propôs que a língua fosse considerada em seu contexto sociocultural, reconhecendo sua heterogeneidade, emergente nos usos linguísticos concretos e reais (Brasil, 1992). Este trabalho toma como pressuposto que é impossível desvincular a língua de sua função sociocomunicativa; vista como um organismo vivo, em constante mutação e vinculado à estrutura social da comunidade que a utiliza (Labov, 1972; Mollica, 1992). Nesse sentido, é importante que o trabalho do professor de língua portuguesa considere também seus aspectos externos e sociais. As variáveis linguísticas estudadas foram: saliência fônica, posição dos elementos no sintagma nominal (SN), classe gramatical dos elementos e estrutura sintagmática. As variáveis extralinguísticas foram: escolaridade, sexo e faixa etária. Quanto à classe gramatical dos elementos formadores do SN, o artigo foi o que mais recebeu a marca de plural. A estrutura sintagmática de maior ocorrência de plural foi DET N, ou seja, um determinante e um substantivo. Desse modo, é natural que essas diferenças identificadas como sociais ou externas atuem de alguma forma na fala de cada um (Tarallo, 2003).Como resultado das análises empreendidas num corpus de entrevistas orais com falantes de uma comunidade de fala da cidade de Goiás (Pereira, 2008), a pesquisa se utiliza destas produções para refletir sobre a forma como a oralidade incide nas práticas de produções escritas dos alunos e de que modo esta consciência se materializa na transposição didática do professor e transforma sua prática de sala de aula significativamente.