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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


O DISCURSO SOBRE A PRODUÇÃO ESCRITA DE GÊNEROS LITERÁRIOS NAS PROVAS DE REDAÇÃO DE VESTIBULARES: COMO E QUEM PODE ESCREVER LITERATURA?

Autores:
Marina Totina de Almeida Lara (UNESP (FCLAR) - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara)

Resumo:

O presente trabalho, em nível de doutorado, é orientado pela Profa. Dra. Marina Célia Mendonça (UNESP/FCLAr) e insere-se em um projeto maior desta sobre escrita e subjetividade. O objetivo, neste recorte, é apresentar uma análise do discurso sobre a produção escrita de gêneros literários em provas de vestibular e nos respectivos comentários das bancas em relação a essas provas. A preocupação com essa temática surge da hipótese de que, na esfera escolar, o texto literário é valorizado em sua forma composicional típica e de que há uma visão de superioridade do aluno que se propõe a produzir um texto literário em detrimento de outros, dialogando com a ideia de produção literária por “sujeitos sacralizados” de Mendonça (2013). Essa questão faz parte de uma pesquisa maior da autora - em nível de doutorado - cujo objetivo é analisar o discurso sobre a produção escrita de gêneros literários “dentro” e “fora” da escola. Interessa-nos, nesse cenário maior, como acontece a escolarização no caso da produção escrita de gêneros literários na escola e se esse processo atinge outros ambientes, como na Internet. Nesse sentido, propomos recompor, a partir das análises, um imaginário sobre como e por quem deve ser produzido um texto literário nestes espaços – aqui, especificamente, nas provas de vestibular – e sobre os valores do campo artístico sobre o que é literário ou não. O corpus analisado neste recorte é composto por propostas de redação de gêneros literários em exames vestibulares (UEL, UFU, UNICAMP e UFSC) dos últimos 10 anos e as respectivas expectativas da banca avaliadora divulgadas aos candidatos. O embasamento teórico-metodológico é o de Bakhtin e seu Círculo.


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