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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


VIDAS SECAS DE GRACILIANO RAMOS: COMUNICAÇÃO, LINGUAGEM, COGNIÇÃO, DISCURSO OPRESSOR

Autores:
Ana Nabila Lima Campos (FAI - Faculdade Itapuranga ) ; José Elias Pinheiro Neto Neto (UEG - UEG)

Resumo:

Este estudo tem como objetivo a problematização em aspectos linguísticos, comunicativos, cognitivos e do discurso opressor, abordando as relações existentes na obra Vidas Secas, escrita por Graciliano Ramos. Para tanto, são utilizados embasamentos da sociolinguística com o intuito de verificar a exposições destes aspectos no texto e como eles afetam a vida social e individual entre os personagens, levando em consideração o contexto social que vivem. Uma escrita com acontecimentos em que se pode identificar uma linguagem reduzida, composta por sons guturais e grunhidos, que eram passados de pai para filho. Isto demonstra um processo de aquisição educacional fragilizado a relação social com as outras pessoas que estão no cotidiano desta família, levando os personagens a sofrerem com a exclusão, discriminação e o preconceito social. No primeiro momento há uma análise da língua materna como parte funcional da comunicação entre os personagens e os arranjos gestuais e guturais que reforçam e efetivam o diálogo, considerando, ainda, o processo cognitivo dos mesmos. Posteriormente, um estudo do discurso que é utilizado como ferramenta de opressão, analisando trechos da obra para que seja possível identificar aspectos caracteríscos do discurso opressor vivido pelos personagens. Trata-se de uma revisão bibliográfica com base em autores tais como: Ford e Lerner (1992), Volaco (2010), Paraense (2017), Bosi (2006) e Candido (1989).