A representatividade e a igualdade entre gêneros nunca foram tão debatidas quanto na atualidade. Depois de muito tempo, as mulheres ganharam voz. E na literatura, em que foram silenciadas tantas vezes, ganharam liberdade de expressar suas ideias. No entanto, ainda é questionável o prestígio e o espaço dado às escritoras brasileiras. Embora, algumas autoras da literatura brasileira, já tenham sido reconhecidas como nomes importantes da literatura, outras, entretanto ainda não possuem efetivo espaço. Objetivamos, a partir do estudo sobre a questão de gênero e a representação da mulher, problematizar sobre as possibilidades de um “fazer pedagógico” igualitário, reconhecendo a escola por sua função social, bem como a importância do livro didático na compreensão de si e do mundo para os educandos; apresentando a relevância das mulheres, autoras, como parte essencial da nossa literatura. Ancorado, principalmente, nas percepções de Guacira Lopes Louro (2004[1997]), este trabalho aponta para necessidade de uma reflexão acerca da importância de se estudar a representatividade feminina na literatura, em sala de aula, tendo em vista a baixa notoriedade das mulheres na maioria dos livros didáticos de literatura. Desse modo, acredita-se ser possível demonstrar a relevância do feminino nos livros didáticos e o papel que pode ser desempenhado pela escola para promover uma sociedade igualitária.