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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo

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A IMPORTÂNCIA DA TEORIA DA CENTRALIDADE ENQUANTO TEORIA PSICOLINGUÍSTICA EM PROCESSAMENTO PARA O APERFEIÇOAMENTO DAS HABILIDADES DE LEITURA E ESCRITA DENTRO DO PADRÃO CULTO DO PORTUGUÊS BRASILEIRO

Autores:
Pablo Machel Nabot Silva de Almeida (UFPB - Universidade Federal da Paraíba)

Resumo:

Esta pesquisa procurou deliberar como conhecimentos advindos de investigações empíricas em processamento correferencial, dentro do escopo da Psicolinguística Experimental, podem contribuir para a otimização do processo de ensino‑aprendizagem da língua portuguesa junto a pessoas em idade escolar a partir do estabelecimento da interface entre a Linguística e a Educação, assim como através da confrontação entre as teorias provenientes da Psicolinguística com as regras tradicionais de ensino do padrão culto da língua vernácula preconizados pela Gramática Normativa, doravante GN, por meio da metodologia qualitativa de condução empírica e do método analítico de investigação, estando caracterizado como estudo eminentemente reflexivo e pautado em torno da filosofia comparada. Assim, investigou-se como a mecânica gerada a partir de uma teoria psicolinguística como a Teoria da Centralidade (GORDON; GROSZ; GILLIOM, 1993; GROSZ; JOSHI; WEINSTEIN, 1983) na seara tanto da leitura quanto da escrita, é capaz de se constituir em princípio norteador a ensinar aos alunos a como ler de maneira adequada um texto e a como escrevê-lo eficientemente. Logo, observou‑se como tal teoria pode contribuir para uma melhor e mais facilitada assimilação das regras prescritivas impostas pela GN no concernente ao correto estabelecimento da correferenciação, notadamente determinantes para o domínio das habilidades linguísticas relativas ao uso da variante oficial e erudita do idioma. Enfim, analisou-se como a conscientização, por parte dos docentes, do que sejam centros anafóricos e catafóricos estabelecidos dentro desta teoria processual podem ser úteis para reforçar o processo de ensino-aprendizagem das leis de coesão e coerência propaladas pela Gramática Tradicional e como ela pode facilitar a aprendizagem dos mecanismos de estabelecimento da correferenciação seja ela anafórica ou catafórica caso tais conhecimentos sejam devidamente perpassados e ensinados aos discentes em sala de aula de forma menos teórica e formal psicolinguisticamente e de modo mais prático e didático para a realidade da educação básica.