Gêneros que se realizam em sites de ambientes sociais são berços para a emergência de gêneros, os quais têm inerentes em sua realização o fenômeno da intertextualidade. O objetivo deste trabalho é mostrar como a categoria da intertextualidade pode ser uma subcategoria operacional dentro de uma categoria maior, a de remix, que se manifesta em gêneros discursivos em emergência no Facebook. Inserimo-nos num campo de pesquisas sobre gêneros, cuja base teórica é a interface entre a perspectiva sociorretórica de gêneros (MILLER, [1984] 2009) e a Linguística de Texto (KOCH, 2004; MARCUSCHI, 2008). Além disso, atrelamos este quadro teórico ao proposto por Genette (2010) e Nobre (2014), base dos estudos de intertextualidade; e a de Knobel e Lankshear (2008), sobre remix. Para atingir nosso objetivo, resgatamos de nosso corpus uma amostra de 10 exemplares de textos que costumeiramente aparecem no mural ou feed de notícias do Facebook, com dois critérios: o primeiro é de que haja, pelo menos, 50 “compartilhamentos” ou 50 “curtições” em cada um desses gêneros, e o segundo é de que seja possível recuperar marcas intertextuais em cada um deles. Os resultados apontam que os gêneros consumidos no Facebook, em sua maioria, são produtos de processos de remix, cuja categorização se pauta principalmente em variados tipos de intertextualidade.