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| A leitura das imagens e a imagem das leituras: a educação bancária ilustrada nos livros para infância | Autores: Juliana Pádua Silva Medeiros (UPM - Universidade Presbiteriana Mackenzie) |
Resumo: A gênese da literatura para infância confunde-se com a escola, haja vista que surge atrelada à função, prioritariamente, utilitário-pedagógica. Hoje, aliadas a uma base que ambiciona romper paradigmas, as obras literárias destinadas às crianças se distanciam, cada vez mais, daquele viés didático-moralizante, buscando o estatuto de arte e não de exemplar paradidático. Vale sublinhar que os livros produzidos a partir do último quartil do século XX - mesmo carregando uma grande potência estética e clamando por um olhar capaz de descortinar novos horizontes de sentido - ainda trazem o universo da sala de aula bastante presente em suas urdiduras, o qual se figura, na maioria das vezes, como um espaço opressor, autoritário, domesticador, hierárquico e verticalizador: o educador é o sujeito que detém o conhecimento, enquanto o educando é o objeto que recebe o conhecimento. Diante disso, propõe-se, à luz das contribuições teóricas de Freire (1987), analisar a imagem (representação) da educação bancária em livros destinados às crianças que não trazem uma abordagem especificamente pedagógica, levando-se em conta, assim, a construção desse imaginário tanto na esfera verbal quanto visual nos livros: A nova escola de Sara (2013), Minhas férias, pula uma linha, parágrafo (1999 e 2014), Minha professora é um monstro! (Não sou, não.) (2015), O menino que aprendeu a ver (1987, 1998 e 2013) e Um garoto chamado Roberto (2005).
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