As oficinas de Letramentos para o nono ano da Escola Santo Antônio, na comunidade kalunga Vão de Almas-GO, fazem parte da tese de doutorado de Ribeiro (2017), defendida no Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade de Brasília (UnB). Tais oficinas propiciaram a contribuição social da tese, durante sua produção, na escola da comunidade. Vale ressaltar que as oficinas em questão foram solicitadas pelas/os licenciandas/os kalunga em Educação do Campo da UnB, pois, ao mesmo tempo em que estavam na formação inicial docente, muitas/os já eram professoras/es da escola em tela. Realizamos três rodadas de oficinas. A primeira, em maio de 2015, teve duração de três dias envolvendo estudantes do nono ano, docentes kalunga, D. D. [uma das lideranças da comunindade] e pesquisadora. A segunda, por sua vez, em junho de 2015, contou com a participação dos/das discentes do nono ano, das/dos professoras/es kalunga e pesquisadora. A última etapa aconteceu em julho de 2015 com a participação apenas das/dos docentes kalunga e da pesquisadora. Nós, licenciandas/os-docentes kalunga da Escola Santo Antônio e pesquisadora, elaboramos as oficinas de modo multidisciplinar e partindo dos conhecimentos típicos e orais kalunga, nos momentos de estudo do calendário da LEdoC/FUP/UnB, em Brasília, antes da ida da pesquisadora até o Vão de Almas-GO. Os escopos teóricos utilizados neste trabalho foram pautados nos Letramentos como práticas sociais (STREET, 2014; BARTON, 1994, BARTON & HAMILTON, 2000, entre outros). Já os processos metodológicos foram calcados na ecoetnografia e na pesquisa qualitativa. Nesse sentido, os objetivos do presente estudo são apresentar o planejamento e mostrar como as oficinas aconteceram na Escola Santo Antônio do Vão de Almas-GO.