É sabido que mudanças significativas no ensino de Língua Portuguesa ocorreram a partir de 1980, à vista disso, buscamos refletir, por meio de um processo de Formação Continuada (doravante, FC) crítica e colaborativa, sobre as implicações dessas mudanças na prática de ensino de docentes dos anos iniciais, voltando-nos, mais especificamente para o tema: A prática de produção e reescrita textual.  Essa atividade formativa envolveu 20 professores de uma escola pública municipal de Cascavel – Paraná e foi base para geração de dados do projeto de pesquisa: Ações colaborativas nos anos iniciais: um olhar para as práticas de produção e reescrita textual em formação continuada, desenvolvido junto ao Programa de Pós-Graduação em Letras, nível de mestrado, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, Campus Cascavel. Para a triangulação dos dados, realizamos uma entrevista antes e depois da FC, com 3 docentes do 4º e 5º anos. Essa pesquisa está ancorada na área da Linguística Aplicada, no paradigma qualitativo-interpretativista, do tipo etnográfico e pautada no método da pesquisa-ação-crítico-colaborativa. As discussões teóricas, bem como a análise dos dados, estão pautadas em Bakhtin/Volochínov (2014[1929]), Bakhtin (1997[1979]), Geraldi (1997), Antunes (2003) e Costa-Hübes (2012a, 2012b), dentre outros teóricos da área que travam diálogo nesta perspectiva.