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| (HIPER)LEITURA DE GÊNEROS DISCURSIVOS EM SUPORTE COMPUTACIONAL SOB A ÓTICA DA MULTIMODALIDADE: APONTAMENTOS SOBRE A FORMAÇÃO DO (HIPER)LEITOR | Autores: Guilherme Moés Ribeiro de Sousa (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) |
Resumo: De um repentista contando um causo à exibição de um vídeo no YouTube, das pinturas rupestres aos poemas digitais: todos os textos, ao longo do tempo, apresentam um grau de multimodalidade, isto é, uma variedade de modos de representação. Neste caso, pode-se dizer que as pinturas rupestres apresentam um grau de multimodalidade caracterizado pela variação de cores, de formas, de tonalidades; por sua vez, um poema digital apresenta-se como um texto mais multimodal, sobretudo por apresentar movimento, muitas vezes links, dentre outros recursos modais. Sabendo disso, o que se pretende neste trabalho é avaliar como é feita a leitura de gêneros discursivos multimodais alocados no computador; vale dizer que este estudo trata dos gêneros discursivos cuja produção é feita diretamente em suporte digital, desconsiderando para efeito de análise os textos que comumente são apenas escaneados, literalmente copiados para o computador. Isso porque se considera que a simples transplantação de um texto impresso para o computador não o caracteriza necessariamente como um gênero discursivo digital, pois este se relaciona às produções que se dão por inteiro no digital, com presença de recursos específicos desse meio, como o movimento, o som, as alterações de cores, dentre outros. Para tanto, baseou-se nos apontamentos de Rojo (2015), Lemke (2010), Marcuschi & Xavier (2005) e Santaella (2014), sobre os gêneros discursivos digitais e hipertextos, de Kress & van Leeuwen (1996) e da Gramática do Design Visual, sobre multimodalidade, de Freitas & Costa (2011), que versam sobre a leitura, foco deste estudo, e a escrita de adolescentes na internet, bem como em alguns documentos parametrizadores, como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e suas sugestões de abordagem de leitura digital. Assim, visualiza-se um cenário de (hiper)leitura que exige novas competências e habilidades dos sujeitos, os quais necessitam aperfeiçoar e (re)significar suas práticas de (re)construção de (re)significações.
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