REPRESENTAÇÕES TEXTUAIS-DISCURSIVAS DO TRAGICÔMICO PARA A CONSTRUÇÃO DO ESCÂNDALO NO DISCURSO JORNALÍSTICO | Autores: Deborah Gomes de Paula (PUC/SP-UNIP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo/Universidade Paulista) ; Regina Célia Pagliuchi da Silveira (PUC - Pontifícia Universidade Católica) |
Resumo: Esta comunicação se situa na área da Análise do Discurso Crítica nas vertentes sócio-cognitiva (Van Dijk, 1998) e Semiótica Social (Kress e Van Leewen, 2001) tem por tema as estratégias de construção do escândalo por meio do sensacionalismo, focalizando o tragicômico, nos gêneros textuais, como, noticia, charge e crônica de notícia, privilegiando a relação entre texto e contexto para a representação do escândalo em textos jornalísticos multimodais. Tem-se por objetivo geral, contribuir com os estudos sobre sensacionalismo em textos multimodais em língua portuguesa. São objetivos específicos: 1. examinar as estratégias utilizadas pela empresa-jornal para construir a opinião de seus leitores; 2. buscar uma orientação argumentativa de leitura para os textos; 3. examinar o léxico enunciado no texto, buscando a “ancoragem” a partir do marco de cognições sociais, tendo por base, o escândalo; 4. confrontar gêneros textuais e suas respectivas organizações opinativas. Com as altas tecnologias ocorre uma mudança no discurso jornalístico (Fairclough, 2006), pelas redes sociais a divulgação da notícia é mais rápida que a imprensa jornalística. O material analisado é constituído de textos jornalísticos e as análises buscaram examinar as relações cotextuais e contextuais entre imagens, cores e expressões verbais, e sua produção discursiva, para a representação do escândalo. Na vertente da Semiótica Social da Análise Crítica do Discurso, Kress e Van Leeuwen (1990) investigam o valor das categorias textuais sistêmicas “dado” e “novo” para a análise de textos multimodais. Os resultados obtidos indicam que os elementos selecionados pelo produtor participam de sistemas de conhecimento, armazenados na memória social e individual, assim, considera-se que a ativação do armazenado nem sempre é consciente, pois a ideologia do Poder, que tem acesso ao público, pelos discursos, passa a influenciar as pessoas, levando-as a sustentar essa ideologia por sua reprodução textual, no e pelo discurso.
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