O presente estudo apresenta um enfoque sobre integração conceptual sob uma perspectiva ecológica de linguagem. Embora a Mesclagem Conceptual (FAUCONNIER & TURNER, 2002) seja considerada a chave da evolução e criatividade humana na revolução cultural, sua teoria é alvo de muita contestação. A principal crítica feita ao modelo proposto pelos autores é a falta de material empírico falseável no escopo da problemática. Nos Portrait Hijacks (figuras de rostos de celebridades fundidas em forma de arte), o que se vê é uma espécie de integração de conceitos um tanto diferente de uma mesclagem conceptual. Estas redes de conceitos integrados podem ser explicadas por uma espécie de recrutamento ecológico que se forma para a formação de sentido. O objetivo do estudo é fornecer subsídios para a assunção que a integração conceptual possui uma base corporificada e está ligada a nossas experiências com o ambiente. Partimos de uma metodologia explicativa no sentido de explanar os fatores que levam ao fenômeno da integração conceptual. A abordagem é qualitativa no esforço de apresentar as percepções e análises debatidas por Fauconnier & Turner fazendo uma correlação com as teorias de Modelos Situacionais (ZWAAN, 1998), Simulação (BARSALOU, 1999) e pela Abordagem Ecológica de Linguagem (DUQUE, 2015). Os resultados sugerem que a integração conceptual percorre mais do que o processamento de análogos e compressão de relações vitais. Com efeito, passa invariavelmente pela adoção de modelos situacionais e experiências físicas com o ambiente à nossa volta para sua compreensão efetiva.