Jorge Amado explicita os costumes da cidade do Salvador e de algumas regiões da Bahia, sobretudo, em Gabriela Cravo e Canela, uma crônica dos costumes da sociedade de Ilhéus no apogeu da economia cacaueira e em Tieta do Agreste, uma descrição da vida pacata na região limítrofe Bahia e Sergipe.  Nessas obras, a palavra prostiututa apresenta várias denominações e ainda uma divisão entre as mulheres do bataclã e as mulheres de vida fácil em Ilhéus. Em Tieta do Agreste, Antonieta é expulsa da cidade, vira quenga no Sul, volta à cidade como heroína. Jorge Amado mostra-se hábil na criação de personagens populares, que, para alguns, são putas e vagabundos. Na verdade, o autor apresenta um léxico conforme a realidade da época da narrativa. O léxico é acervo linguístico de uma determinada língua, cujos elementos associam-se à história e à cultura, conforme Vilela (1995): “O léxico é a parte da língua que primeiramente configura a realidade extralinguística e arquiva o saber linguístico duma comunidade. ” Pretendemos nesta comunicação fazer um levantamento para o item lexical prostituta nas duas obras citadas a partir de uma análise léxico-semântica dessas obras, visando a uma descrição da linguagem de Jorge Amado e sua importância para o ensino das literaturas brasileira e baiana. A pesquisa consta de dois momentos: análise das obras citadas e a descrição do item lexical prostituta conforme os princípios da semântica e do léxico. Para isso, adotamos os pressupostos da pesquisa bibliográfica e documental, fazendo, assim, uma interface literatura, língua e léxico.