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| O HETERODISCURSO E O MOSAICO MULTISSEMIÓTICO NA HISTÓRIA EM QUADRINHOS LUSÍADAS 2500 | Autores: Ana Márcia Braga de Amorim (UNICAP - UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO) |
Resumo: O estudo acerca do heterodiscurso e dos elementos multissemióticos é relevante para a compreensão do gênero discursivo história em quadrinhos, uma vez que os discursos produzidos nesse gênero são elementos construtores de uma ideologia, porque, ao mesmo tempo em que refletem, refratam uma sociedade. Nessa perspectiva, esses dois conceitos são essenciais para o entendimento da história em quadrinhos Lusíadas 2500, de Lailson de Holanda Cavalcanti, transmutada a partir da epopeia de Luís de Camões, Os Lusíadas. O entendimento diz respeito às intenções contidas nesse tipo de gênero discursivo secundário, a partir do heterodiscurso dos personagens, da linguagem verbal e não verbal e dos recursos multissemióticos, que têm por objetivo transpassar a obra original, de 1572, para um contexto futurista do ano de 2500, escopo deste trabalho. Para desenvolver esta pesquisa, fizemos uso dos pressupostos da Teoria dialógica defendida pelos linguistas russos Mikhail Bakhtin e Volóchinov; no que se refere à linguagem quadrinística, nos basearemos em McCloud e Eisner, Cagnin, Groensteen e Ramos; e aos recursos multissemióticos, em Santaella, Dionisio e Vasconcelos. Nossa pesquisa consiste em analisar o corpus com a finalidade de interpretar em que grau o heterodiscurso e o discurso multissemiótico simbolizado por Cavalcanti, em Lusíadas 2500, refletem e refratam o contexto representado por Camões, em meados do século XVI.
Agência de fomento: UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO |