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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo

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Memórias ficcionalizadas: a representação na obra "a resistência",de Julián Fuks .

Autores:
Ana Paula (IFF - Instituto federal Fluminense)

Resumo:

Um interesse crescente pelo tema da memória coletiva pode ser observado a partir da década de 80.3 É compreensível, portanto, que os trabalhos de Maurice Halbwachs sobre memória coletiva tenham sido apropriados pelos diversos estudos que procuravam romper com a dualidade entre indivíduo e sociedade. Uma vez que este trabalho tem  por objetivo basicamente resgatar duas questões teóricas levantadas por Halbwachs: a antecedência dos quadros sociais da memória e a presença de lugares físicos e espaciais da memória coletiva, afim de traçar uma análise sobre o romance a “A resistência”, de Julián Fuks.

Com a problematização de que a questão que se coloca contemporaneamente é até que ponto somos capazes de resgatar o sentido presente seja em processos interativos de construção do social, seja em construções simbólicas derivadas destes últimos. Neste sentido, acredito que possamos compreender melhor memórias coletivas à medida que percebamos os limites impostos por cada uma destas abordagens à possibilidade de exaustão da procura do sentido seja no processo de construção da memória por indivíduos, seja nas estruturas que os contêm. Com base na hipótese de que a memória, é imaginação de possibilidades do devir que não se esgota em quadros fixos, a narrativa focaliza as dominantes técnicas e temáticas de construção da narrativa através do uso feito pelo autor do motivo da viagem, da composição dos quadros de memória. A metodologia que será utilizada neste trabalho é a pesquisa bibliográfica, tendo em vista análises teóricas das obras referidas. Este exercício crítico faz-se no horizonte do comparatismo da memória, proposto pelos teóricos Mauricie Halbwachs e Henri Bergson.