A escrita literária em cursos técnicos integrados: desafios e possibilidades | Autores: Andreia dos Santos Oliveira (IFRO - INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE RONDÔNIA) |
Resumo: Trata-se do projeto de ensino “Escrita literária: desafios e possibilidades” desenvolvido com alunos dos primeiros anos dos cursos técnicos integrados ao Ensino Médio do Instituto Federal de Rondônia. As ações partiram da seguinte problematização: Como despertar o interesse dos alunos pelo texto literário e motivá-los a escrever textos diferentes daqueles usuais da área escolhida? Para isso delineou-se como objetivo criar ambiente favorável à leitura e escrita literária em que os discentes sintam-se sujeitos do processo. Na condução das ações utilizamos os postulados de Fiorin e Savioli (2006) por defenderem a escrita literária como possibilidade de recriação do mundo, de Antunes (2003) que nos apresentou as várias etapas interdependentes e intercomplementares envolvidas na criação do texto literário, e na teoria Histórico-cultural de Vygotski et al (1988) que defendem o uso da escrita a partir de uma necessidade do sujeito. Como eixos de ação, elaboramos situações em que os alunos tiveram contato com a leitura de textos literários, atuando como críticos do processo de composição textual, em seguida o planejamento da obra, revisão e reescrita. Como resultado tem-se que os alunos deixaram de ser leitores e escritores passivos e tornaram-se sujeitos da ação ao verem função no ato de escrever. Essa tarefa deixou de ser mera ação para tornar-se atividade na perspectividade Vigotskiniana, pois o motivo da realização estava interligado com a ação e o resultado esperado. Deste modo, distanciou-se da prática retrógrada com que muitas vezes a escrita é apresentada aos discentes. Nesse trabalho os alunos tiveram a oportunidade de vivenciar situações reais de escrita ao se por no lugar de autor e ainda fazer uso social do processo gráfico. Conforme orienta a Teoria Histórico-cultural, necessidades foram criadas para que os discentes não fossem expectatores do processo, mas sujeitos ativos.
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