Esta comunicação tem como objetivo apresentar o resultado de uma pesquisa que discute a formação inicial de professores em um instituto superior de educação. Devido a urgente necessidade de transformação da escola, em virtude das demandas do século XXI, que continua em pauta na discussão sobre a formação de professores. Formar professores no contexto deste milênio é, ou deveria ser, muito diferente de formar professores como há trinta ou quarenta anos, quando ainda predominava o ensino conteudista, quando os letramentos eram bastante voltados à cultura escrita impressa e não se falava em multiletramentos, quando as tecnologias disponíveis para o ensino eram poucas, analógicas e evoluíam a passos bem mais modestos do que hoje em dia. Atualmente, muitos são os desafios à formação do professor. Pensar a formação inicial de professores, nos dias de hoje, e mediante as mudanças que precisam acontecer na escola básica contemporânea, é pensar uma formação ativa, reflexiva e multiletrada, o que, do nosso ponto de vista, significa uma formação que favoreça ao futuro professor o desenvolvimento de competências para lidar com as demandas do aluno contemporâneo, suas linguagens, seus espaços de interação, de aprendizagens e sua característica não mais de um consumidor da cultura produzida e/ou valorizada pela escola, mas de um produtor de culturas e linguagens. Significa uma escola aberta e permeável a diferentes referenciais culturais, linguísticos e midiáticos. Em termos metodológicos apoia-se na Pesquisa Crítica de Colaboração (PCcol) - Magalhães (2016). Análise parte da observação e dos registros do banco de dados do PIBID desta mesma instituição. Os resultados apresentam alguns desafios e os impactos das tecnologias digitais e dos multiletramentos nas práticas de sala de aula, refletindo sobre que professor precisamos formar.