No estudo da variação linguística, pesquisas científicas têm sido amplamente discutidas na área da linguística, mas ainda há muito para ser discutido, pesquisado, divulgado, tornado visível neste campo, muitas linguagens que ficam a margem da sociedade precisam ter sua notoriedade. Por entendermos que a língua está sempre em movimento, renovando incessantemente, objetivamos, por meio deste trabalho, discutir a variação linguística no interior do Rio Grande do Norte, na cidade de Angicos, analisando assim o “angiquês”. Diante dessa premissa, o corpus da nossa investigação consistiu na observação da linguagem do povo angicano, registradas por meio de nota de campo, realizadas por alunos do 2^o ano do Ensino Médio, culminando na construção de um mini dicionário. Nesse sentido, constituem os referidos pressupostos teóricos aportes dos Estudos da Variação Linguística (BORTONI-RICARDO, 2005; BAGNO, 2008; RODRIGUES, 2002). Metodologicamente, a pesquisa é uma investigação de campo e adota uma abordagem de dados de natureza qualitativa (BOGDAN; BIKLEN, 1994; MINAYO, 2010). O corpus da investigação compreende registros de campo, respostas a entrevistas, dentre outras técnicas. As análises evidenciaram uma variação rica, cheia de beleza que identifica um povo, sendo-a incorporado ao indivíduo, ao invés de ser uma questão de escolha. Sua marca linguística é sobretudo incorporada através do meio em que vive. A relevância deste trabalho situa-se no fato de permitir demonstrar a riqueza do português brasileiro e suas variações, como também de oportunizar visibilidade acadêmica, ao mesmo tempo, valorizando a linguagem do “angiquês”.