A intensa circulação da informação provocou mudanças significativas nas maneiras de ler, de produzir e de fazer circular os textos na sociedade, contribuindo para a consolidação dos suportes digitais. O conhecimento não está mais apenas na cabeça do professor ou na biblioteca. Há diversos repositórios do conhecimento em curso e de fácil acesso por meio eletrônico e digital. Vivemos uma era em que o conhecimento está à disposição na cibercultura e, isso, tem afetado as escolas, especialmente com a inserção, consentida ou não, das novas tecnologias digitais em sala de aula. A diminuição das distâncias sociais por meio das mídias digitais criou um efeito de aproximação das distâncias físicas. Além disso, o volume de informações que precisam ser processadas, criadas e sistematizadas criou um efeito de contração do tempo físico e cronológico. A intenção de nossa pesquisa é diagnosticar as percepções de como professores de língua portuguesa da educação básica, mestrandos do ProfLetras em uma universidade pública no interior de Minas Gerais, usam as tecnologias no dia a dia e, também, verificar se os saberes inerentes a essas práticas se estendem para o contexto da sala de aula no ensino de língua portuguesa, em especial atividades de leitura e escrita em ambientes digitais. O tratamento interativo das informações coloca os estudantes nativos digitais num eixo de inovação constante que, muitas vezes, não é implementada porque o professor não domina as tecnologias ou não privilegia o uso de materiais digitais em sala de aula. A escola não pode ficar fora da inovação tecnológica e do conjunto de rupturas paradigmáticas em curso na sociedade do século XXI. As ações na escola precisam ser colaborativas e inovadoras.