O TRABALHO COM A INTERTEXTUALIDADE E A INTERDISCURSIVIDADE EM MANUAIS DIDÁTICOS E NO BANCO NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC) | Autores: Marcia Andrade Morais Cabral (CEFET/RJ - CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA) |
Resumo: O presente trabalho tem por base a teoria semiótica de linha francesa e busca observar os fenômenos de intertextualidade e interdiscursividade como recursos argumentativos explorados tanto nos manuais didáticos de Ensino Médio, quanto em documentos oficiais do governo, como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). De acordo com Fiorin, a intertextualidade é “o processo de construção, reprodução ou transformação de sentido” (FIORIN, 2003, p. 29), em que se procede a introdução de um texto em outro, com o sentido de reproduzir ou reiterar o sentido do texto citado ou de transformá-lo. Já a interdiscursividade compreende os percursos temáticos e figurativos e suas relações nos textos, concretizando a diversidade de crenças, visões de mundo, ideologias instauradas no enunciado. Assim, examinaremos como o trabalho com a referência a outros textos aparece nos documentos e nos livros didáticos, de que maneira incorporam as teorias de texto e discurso no tratamento do tópico em questão e sob quais perspectivas teóricas, no que diz respeito aos processos de ensino de leitura e produção textual. Além disso, observaremos em que medida tanto os manuais quanto os livros didáticos se apropriam dos critérios evidenciados pelo Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), em que, em seu compêndio de orientação aos alunos sobre os parâmetros de avaliação das produções textuais, expõe como um dos itens de correção o grau de eficiência nos procedimentos intertextuais explorados no texto. Por fim, buscaremos uma proposição de caminhos que possam auxiliar o tratamento da questão da interdiscursividade e intertextualidade em sala de aula, considerando a teoria semiótica francesa como fundamento para análise e produção de textos.
|
|