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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


VERBETE IMPRESSO OU VERBETE DIGITAL? EIS A QUESTÃO.

Autores:
Halysson Oliveira Dantas (UNIFANOR/WYDEN - Centro Universitário UniFanor/Wyden)

Resumo:

Este trabalho argui sobre o possível percurso de reelaboração (BAKHTIN, 2003) do gênero verbete do meio impresso para o digital. Tal ponderação, leva em conta preceitos da metalexicografia, o conceito de colônia discursiva (HOEY, 2001), bem como os construtos teórico-metodológicos da Teoria do Hipertexto Digital. A partir da análise contrastiva de dicionários impressos e de dicionários eletrônicos online (DE SCHRYVER, 2013), cujo foco foi a medioestrutura. Analisamos as redes léxico-semânticas estabelecidas pelas remissivas, em dicionários impressos, e pelos links, em dicionários eletrônicos online, de modo a investigar sobre o papel que cada um desses elementos joga no texto lexicográfico.  Delineamos, com base nas evidências atuais, que aparentemente seja um tanto prematuro definir que o gênero verbete digital se estabeleça como uma reelaboração do verbete impresso. Na verdade, denota-se um processo de automatização da consulta que por desrespeitar certos princípios da lexicografia tem contribuído mais para o insucesso da demanda dos consulentes do que o contrário, sobretudo, em relação a estudantes. Na lexicosfera digital presente na web, encontra-se toda sorte de dicionários online, composto por verbetes que passam ao largo das características básicas deste gênero textual. Contudo, a ampliação de possibilidades léxico-semânticas trazidas pelas diversas semioses presentes nos verbetes digitais, especialmente aqueles de fontes confiáveis, ainda precisa ser amplamente explorada pela lexicografia, seguindo a vertente de uma lexicografia digital.