As práticas avaliativas, dentro do universo dos sitemas educacionais, constituem-se como elemento primordial na condução de processos educativos, notadamente, nos sistemas educacionais meritocráticos que servem ao mundo do capital. Qualquer avaliação , por princípio, se faz com base no uso da linguagem. As formas de se prepararem os itens de avaliação interferem sobremaneira nas respostas que se espera por parte dos respondentes, os quais, com base em aspectos psicolinguísticos da leitura, se valem das psitas textuais presentes nas perguntas, bem como nos textos, e em seus conhecimentos prévios, de forma a atenderem ou não àquilo que se espera por parte desses sujeitos. A língua oral nos livros didáticos é elemento novo nesse tipo de publicação; já os textos escritos e imagéticos fazem parte da tradição dos livros didáticos, assim como as perguntas relativas às avaliações de leitura. Normalmente, os livros didáticos trazem itens de produção ou de indicação de respostas subequentes aos textos apresentados, dentro das sequências didáticas presentes nestes suportes de textos. Cada uma das formas de texto, por sua vez, tem sua forma específica de avaliação. Assim sendo, neste trabalho, analisam-se as formas de avaliação produzidas por meio da linguagem de textos orais e escritos presentes nos livros didáticos, de forma que se percebam semelhanças e diferenças entre essas formas de elaboração de itens de avaliação nos livros didáticos de língua portuguesa. Para atinguir esse objetivo, serão avaliadas as perguntas prsentes nas coleções mais escolhidas pelos professores da educação básica, bem como naquelas menos escolhidas, de forma a se estabelecerem análises contrastivas entre esse material didático.