A aquisição da língua portuguesa por surdos apresenta muitas possibilidades de reflexões em torno de questões que, apesar de serem conhecidas, ainda não foram resolvidas. Algumas décadas já se passaram do início das pesquisas sobre a aquisição da língua portuguesa como segunda língua e continuamos em busca de alternativas que ajudem nesse processo. Sendo assim, o objetivo desse trabalho é analisar/relatar experiências pedagógicas que ocorreram em instituições de ensino, na área de aquisição da língua portuguesa como segunda língua por surdos que frequentavam salas inclusivas, modelo de organização das turmas que foi e continua sendo majoritariamente adotado no Brasil. É nosso desejo partilhar experiências vivenciadas em dissertações e teses do Programa de Pós-graduação em Ciências da Linguagem (PPGCL) dentro dessa temática, portanto apresentaremos perspectivas oriundas dessas pesquisas que poderão trazer referências sobre características e especificidades relativas aos fenômenos que talvez ocorram na oferta de situações planejadas ou não. A fundamentação teórica trabalhará em consonância com ideias de Chomsky, Karnopp, Lacerda, Quadros, Vygotsky, Krashen, Selinker, Brochado, Grosjean, Ainscow, Lodi, Capovilla, Guarinello, dentre outros. A metodologia adotada é qualitativa de caráter bibliográfico, analisando os registros de oito (08) estudos da última década no PPGCL da Unicap.  Esses trabalhos possibilitarão novas reflexões que deverão evidenciar aspectos da identidade de surdos, importantes para a construção das suas aquisições, permitindo estabelecer um diálogo pedagógico que destaque o compromisso dos diversos autores com o aprendizado desse segmento da sociedade que frequentou turmas inclusivas. Desse modo, esperamos, tal qual outros pesquisadores já expressaram, contribuir para que o mito que circula na sociedade de que o surdo não será proficiente em língua portuguesa seja desmistificado.