Algumas propostas para o (re)conhecimento dos letramentos decoloniais no Brasil | Autores: Juan Chacon (UFG - Universidade Federal de Goiás) |
Resumo: Neste trabalho, discutimos algumas propostas coletivas para o (re)conhecimento dos diversos letramentos (extra)acadêmicos, a partir de um aspecto decolonial e multissocietal, no Brasil. Nessa perspectiva, repensamos as proposições em função da problemática articulada pela colonialidade do saber (LANDER, 2005), como estrutura/método de subalternidades que ainda se mantêm na oficialidade dos letramentos, sobretudo, através da escola. Esta instituição oficial se reafirma como uma espacialidade enunciativa impositiva e excludente, embora assuma e construa discursos de inclusão e valorização dos indivíduos de uma sociedade. E, por conseguinte, as colocações e discussões feitas sobre letramento (SOARES, 2004; KLEIMAN, 2016) estão em constante reprodução do discurso colonial. No entanto, a resistência e resiliência dos coletivos sociais reproduzem contextos alter-nativos, nas que as formas de letramento se orientam para fora do meio acadêmico (STREET, 2014) e conseguem reformular seu próprio espaço de experiências de conhecimento, como práticas decoloniais (FREITAS, 2016) e como ações afirmativas (SILVA, 2016). Assim, se faz mister abordar o tema da colonialidade, pela inflexão decolonial (RESTREPO, 2010), para explicar o trajeto dos questionamentos sobre as formas de subalternidade - epistemicídio, naturalização, hegemonia, invisibilização - modalidades que se estruturam nas práticas cotidianas de conhecimento ao se posicionarem como domínio da razão absoluta (SANTOS, 2001; 2010) e como colonialidade dos saberes.
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