FORMAÇÃO DE FORMADORES – GÊNEROS DISCURSIVOS, MULTILETRAMENTOS E SEQUÊNCIA DIDÁTICA NO ENSINO DE LÍNGUA MATERNA | Autores: Grassinete C. de Albuquerque Oliveira (UFAC - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE, PUC-SP - PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO) |
Resumo: Ao considerar os contornos que envolvem as ações formativas desenvolvidas por formadores de professores de língua materna, este estudo tem por objetivo discutir como a atuação do formador implica e repercute (ou não) no agir dos professores em formação continuada. Para esse propósito desenvolveu-se uma ação formativa junto aos formadores da Secretaria de Estado de Educação do Acre (SEE-AC), cujo fio condutor foi “Violência na e para além da Escola: novos caminhos a percorrer”, com artigos de opinião publicados em diferentes Jornais On-line. Considerou-se, como fundamentação teórica a noção de gêneros do discurso de Bakhtin ([1979] 2003; 2016), já que os campos das atividades humanas que interagem pela linguagem apresentam-se como formas infinitas e inesgotáveis e o caráter e formas desses usos são tão multiformes quanto os campos onde circulam; os multiletramentos (NEW LONDON GROUP, 1996), por envolverem práticas sociais e por reconhecerem a necessidade de novos designers que considerem os diferentes modos semióticos que circulam na sociedade, em oposição ao sistema tradicional de ensino que insiste na perspectiva monomodal de língua e na concepção de Sequência didática (DOLZ, NOVERRAZ E SCHNEUWLY, 2004), por apresentarem uma organização de atividades que pode favorecer a apropriação de gêneros orais e escrito pelos educandos. Metodologicamente, ancoramo-nos na Pesquisa Crítica de Colaboração (PCCol), que considera o contexto escolar como espaço coletivo e colaborativo de aprendizagem e desenvolvimento na formação contínua dos integrantes que compõem toda a equipe escolar e pesquisadores (MAGALHÃES, 2011), em busca de uma transformação dos sujeitos envolvidos. Com base nessas reflexões teórico-metodológicas, apresentamos um recorte da ação formativa, que culminou no redesenho da sequência didática por meio dos multiletramentos e na percepção crítica de que é necessário haver formação contínua e permanente que alie teoria e prática de modo mais efetivo no agir do formador-professor-pesquisador.
Agência de fomento: CAPES |
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