Simon vs. a agenda normativa: luta por representatividade nas pólis latino-americanas | Autores: Juan dos Santos Silva Silva (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, IFRN - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte) ; Maria da Penha Casado Alves (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) |
Resumo: Este artigo discute a construção de identidades homoafetivas na juventude em ambientes educacionais a partir de um paralelo construído entre a obra “Simon vs. a agenda homo sapiens” (2015) e os dados coletados em pesquisa realizada com alunos e ex-alunos LGBTQ do Instituto Federal do Rio Grande do Norte. A partir de pressupostos de Bakhtin e do círculo, é possível agregar à discussão questões como a alteridade e o acabamento resultante dos processos de interação, seja com outros sujeitos que nos dão acabamento, seja por personagens de obras literárias ou da mídia em geral. Objetiva-se, portanto, compreender como essas identidades são construídas, negociadas e silenciadas nesses espaços de ensino - em geral localizados em cidades do interior - e como a literatura é capaz de refletir esse processo servindo como espelho da realidade e, por vezes, como convite para que se reelabore realidades do mundo da arte para o da vida. Ao entender os sujeitos como historicizados e produtores de enunciados valorados (VOLÓCHINOV, 2017) se faz necessário adicionar teóricos como Moita Lopes (2002), nas questões de sexualidade na escola, Hall (2015) para a compreensão da formação identitária e Canclini (2008) para compreender esses processos de formação identitária na América Latina. Esse construto se insere na Linguística Aplicada e tem sua construção metodológica amparada no paradigma indiciário (Ginzburg, 1985).
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