ESTUDO DAS VOGAIS MÉDIAS PRETÔNICAS DO PORTUGUÊS FALADO NA ÁREA URBANA DE CAMETÁ/PA. | Autores: Josivane do Carmo Campos (UFPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) ; João Pedro Teixeira Neto Lages (UFPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) ; Regina Célia Fernandes Cruz (UFPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) |
Resumo: Apresentam-se aqui os resultados parciais de Campos (em andamento) que investiga acusticamente as vogais médias pretônicas no português falado em Cametá/PA, segundo os parâmetros acústicos de F1 (Hz), F2 (Hz), F3 (Hz) e duração (ms). Aplicam-se os procedimentos metodológicos estabelecidos por Cruz (2011) na caracterização acústica dos sistema vocálico pretônico do português falado na Amazônia Paraense: a) corpus padronizado formado por 44 vocábulos contendo as vogais alvo, selecionados com base no contexto de alta variabilidade em estudos sociolinguísticos anteriores; b) amostra estratificada socialmente em sexo, faixa etária e nível de escolaridade; c) coleta de dados por meio da leitura de um texto em voz alta, contendo os vocábulos do corpus inseridos estrategicamente no texto; d) segmentação dos dados no Praat; e) aplicação do script praat Analyser Tier para obtenção das medidas acústicas tomadas da parte central das vogais alvo; f) organização dos valores dos parâmetros físicos no Excel para obtenção das médias das medidas acústicas e posterior representação por meio de gráficos. Os resultados ora apresentados são do tratamento dos 232 dados da primeira faixa etária (15 a 25 anos). Constatou-se: a) maior frequência de ocorrência das vogais médias fechadas tanto para o sexo masculino quanto para feminino, nos três níveis de escolaridade; b) duração mais longa das vogais altas em relação às vogais baixas nos dados do ensino médio e; c) medidas de duração muito próximas nos dados do ensino superior da fala masculina. Quanto ao espaço acústico (F1 e F2), observou-se maior proximidade das vogais anteriores e maior distância das posteriores na fala masculina. O oposto ocorre na fala feminina, com as anteriores mais distantes, e as posteriores mais próximas. Quanto a F3, este se mostrou mais como um parâmetro de identidade das variantes semelhante a F0 (Souza et all 2015).
|
|