Família e "violência simbólica" em Reunião de Família, de Lya Luft
| Autores: Stephany Moure Porto (UNINCOR - Universidade Vale do Rio Verde) |
Resumo: O romance Reunião de família, publicado em 1982 por Lya Luft, trata do tema das relações familiares, evidenciando a trajetória feminina, muitas vezes condicionada à autoridade masculina (PEREIRA, 2017). Relacionado aos romances As parceiras (1980) e A asa esquerda do anjo (1981), Reunião de família forma o que a crítica literária brasileira convencionou chamar de trilogia familar. Em Reunião de família, temos como personagem principal Alice, uma dona-de-casa pacata e submissa, que, ao ter que passar o final de semana na casa de seu pai, por ocasião de uma reunião familiar para tratar da saúde de sua irmã mais nova Evelyn, entra em crise ao relembrar do passado que vivera junto de sua família, ao narrar a violência paterna a que ela e seus irmãos foram submetidos. Nessa comunicação, originária de uma dissertação sobre o romance de Lya Luft citado, associada à linha de pesquisa Literatura, História e Cultura, do Programa de Mestrado em Letras da Universidade Vale do Rio Verde/UNINCOR, iremos analisar como Alice, a protagonista do romance, ao se adequar as expectativas em relação aos papéis femininos no casamento e na família se violenta simbolicamente. Para tanto, iremos mobilizar o conceito de “violência simbólica” (BOURDIEU, 2012), estabelecendo uma associação com um dos principais Aparelhos Ideológicos do Estado, a Família (ALTHUSSER, 1980).
Agência de fomento: Capes |
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