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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo

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A Representação da Criança e do Adolescente Socialmente Vulnerável em “Capitães da Areia”, de Jorge Amado e “Capão Pecado”, de Ferréz.

Autores:
Suelem Martins Benjamim (UEA - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS )

Resumo:

A representação dos excluídos tem sido problemática na literatura brasileira. As literaturas de resistência e mais atualmente a marginal confrontam esse panorama representando o permanente diálogo entre a obra literária e a sociedade. O objetivo aqui é avaliar a representação da criança/adolescente socialmente vulnerável, em duas obras publicadas em épocas diferentes: “Capitães da Areia” (1937), de Jorge Amado, e “Capão Pecado” (2000), de Ferréz. Apesar de o tema alcançar cada vez mais força nas pautas sociais, verifica-se a pouca incidência desses personagens na literatura, salientando que uma minoria ocupa a posição de protagonista nas narrativas, justificando assim essa pesquisa, que se utiliza do método bibliográfico de investigação, explorando as referências teóricas já publicadas e analisadas e ainda conteúdos virtuais. São bases teóricas principais: Dalcastagnè (2012); Barreto (2006); Bosi (2002, 1995), Stegagno-Picchio (2004), Foucault (2014). Ambas as obras foram reconhecidas como vozes da sociedade brasileira de sua época, expressões da vulnerabilidade e violência contra crianças e adolescentes. A literatura “do real” que faz da ficção arma de resistência e denúncia, pretende que sua voz seja ouvida e reconhecida, ecoando como uma bofetada, como um grito contra o sistema. Observamos que essa literatura de resistência/denúncia é uma reposta dada à história e à cultura para a questão da desigualdade social; são vozes marginais que se inserem na literatura, como ficção e testemunho.