Com base em Marcuschi, (2008, 2010), Preti, (2000) e Labov (2008), a presente pesquisa atém-se às narrativas orais e escritas de alunos campesinos do 5º ano do Ensino Fundamental I da Escola Municipal Terezinha de Jesus Rocha, situada no Distrito de Buenolândia município da cidade de Goiás – GO. O propósito das atividades realizadas em sala de aula era o aluno interpretar uma tirinha não verbal e narrar sua história. Em um primeiro momento, foi feita a narração de forma oral; e por seguinte, foi descrito, aquilo que o aluno observou nos quadrinhos. Com base na transcrição das narrativas orais e das narrativas escritas dos alunos, foram observadas semelhanças e diferenças quanto ao uso da língua nas duas modalidades, pautadas à luz de variáveis extralinguísticas. Foram detectadas variações de hipossegmentação e hipersegmentação, assim como variações em relação à concordância nominal e verbal, bem como variações quanto à seleção de conectivos que ajudam a compreender os padrões sociolinguísticos da fala e da escrita de alunos do campo. O estudo propiciou a percepção de contribuições para a consciência axiológica das variantes linguísticas dos camponeses, fortalecendo assim o respeito à diversidade linguística e contribuindo com a descontextualização do preconceito linguístico, muitas vezes pronunciado aos sujeitos campesino.