Thiago de Mello: a estetização da floresta e da natureza na obra Amazonas, Pátria da Água | Autores: Alexsandro Melo Medeiros (UFAM - Universidade Federal do Amazonas) |
Resumo: Esta comunicação tem como objetivo analisar a obra do poeta amazonense Thiago de Mello, a partir do que podemos chamar de uma estetização da floresta e da natureza, tomando como referência principal sua obra: Amazonas, Pátria da Água (1989). A metodologia utilizada é a pesquisa bibliográfica, com ênfase nas obras do poeta amazonense, além de artigos científicos, teses, dissertações e livros que discorrem sobre o tema em análise. O interesse de Thiago de Mello pela floresta transparece claramente em suas obras como também é ressaltado pelo próprio poeta e se concretiza na sua produção literária. O interesse do poeta pela floresta se deve tanto por causa de suas origens – Thiago de Mello nasceu na cidade de Barreirinha, interior do Estado do Amazonas, distante 331km da capital Manaus –, quanto pelo seu desejo de aprender com a floresta e com o povo que vive nela, com as águas, com o rio, com as populações que dependem diretamente da floresta para sobreviver. Thiago fez a opção de cantar e viver o Rio Andirá – um dos principais afluentes do Rio Amazonas –, ao invés das praias de Copacabana. A floresta, a natureza, o rio, constituem o locus enunciativo do poeta e sua obra Amazonas, Pátria da Água pode ser lida como um manifesto em defesa da Natureza e da Amazônia. A obra em análise, escrita em prosa e poesia, nos apresenta a vida da floresta e sua história: uma viagem pela extensão do Rio Amazonas, com sua temática sobre a floresta, seus animais, seus mitos, como se percebe nos títulos dos poemas. Vemos assim que a Amazônia não é apenas o lugar da infância do poeta, mas é também o lugar de seu presente, o lugar onde vive e ao qual se integra em prosa e verso.
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