ANÁLISE SEMIÓTICA DAS IMAGENS DO MUSEU DA LAMPEDUSA: O ELO ENTRE AS FRONTEIRAS SOCIAIS | Autores: Ângela Sousa Araújo (UNB - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA) |
Resumo: O artigo propôs-se analisar as imagens das esculturas do Museu da Lampedusa, localizado em Lanzarote, Espanha, criado pelo artista britânico Jason de Caires Taylor. A análise se fundamentou na Teoria da Semiótica, no intuito de investigar os paradigmas das imagens esculturais à luz dos estudos de Kress e van Leeuwen (2005; 2006) no que concerne a semiótica social e sobre a análise do discurso de identidade e comunidade e linguagem e imagem (MACHIN e van LEEUWEN, 2007). As análises das imagens compreenderá três categorias de análise da Semiótica Social: a) do estado das imagens de Lampedusa representadas para/pelo mundo; b) das relações entre o observador e as imagens; e, c) da análise na perspectiva do espaço visual no qual as imagens foram coletadas. No entanto, o museu ainda desperta para um outro ponto de análise, a Ressemiotização de Iedema (2003). A raiz metodológica é a pesquisa qualitativa de cunho interpretativista, com a análise do discurso crítica como o método de pesquisa na construção da identidade do refugiado no museu da Lampedusa. O artigo identificou nas imagens dos refugiados a necessidade de mudança social por motivação das crises econômicas e da deturpação de poder político que assolam alguns países. O discurso e a identidade aqui se relacionaram como partes integrantes das práticas socioculturais, transparecendo algum tipo de visão de mundo ainda a ser anunciada. Para o refugiado o mar é o seu passaporte e a sua oportunidade de resgatar a identidade apagada pelo contexto de migração.
Agência de fomento: CAPES |
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