O presente trabalho estuda como se deu o desenvolvimento histórico dos textos de popularização dos conhecimentos em ciências médicas na cidade do Recife no período compreendido entre os anos de 1850 e 1949. Partimos da análise de textos em jornais, revistas, almanaques e demais impressos que tenham sido publicados e que circularam na capital pernambucana no período delimitado em nossa pesquisa.  Desse estudo, tencionamos conhecer quais as formas mais competentes de interagir com a população leiga daqueles idos na educação dessa mesma população em termos das ciências médicas e suas aplicações na sociedade. Para tanto, adotamos a metodologia da História Social das Línguas. Assim, temos como referencial Burke & Porter (1987), Burke (2009) e Leith (2013) para uma compreensão do que vem a ser essa História Social das Línguas e quais os passos necessários para sua concretização. Também, temos Hobsbawm (1988), Linhares (org.) (1996), Oliveira Lima (1997), Sobrinho (1998), Fausto (1999), Marques, Sampaio e Silva (2012), Enders (2012) e Schwarcz & Starling (2015) enquanto referenciais para uma compreensão em torno da história do Brasil em geral e de Pernambuco em particular. Ainda, buscamos Nava (2003) e Ujvari e Adoni (2014) com o intuito de conhecermos a História das Ciências Médicas no Brasil e os avanços da mesma nos séculos XIX e XX. Enquanto referenciais da linguística, temos Fairclough (2004) e Bakhtin (2006) para uma reflexão em torno dos conceitos de texto e discurso, cadeias discursivas e discurso enquanto ação social. Em adição, discutimos o conceito de Didaticidade expresso em Moirand (1993) com vistas ao entendimento tanto da organização temática dos textos analisados como das escolhas de elementos linguísticos presentes nos mesmos.