Políticas Linguísticas e Educação para o Século XXI:
Realizações e Desafios
| Autores: Maria Helena da Nóbrega (USP - Universidade de São Paulo) |
Resumo: As mudanças sociais contemporâneas aceleram-se sobretudo a partir dos anos 1990, quando o uso da tecnologia passa a dominar diversos sistemas de produção e reconfigura praticamente todas as profissões. Como os setores técnicos dependem, em alguma instância, da educação formal, é importante avaliar de que forma as políticas educacionais têm se preparado para garantir a adaptabilidade do profissional do século XXI, que precisa saber lidar com instabilidade, competição mundial, inovação contínua, trabalho em equipe (LEITE, 1996), além de desenvolver capacidade de prever e solucionar problemas, proficiência multilíngue, habilidade de relacionamento interpessoal (PASTORE, 1998). Do espaço físico aos ambientes digitais (MILL, 2009; RAMOS, 2009), das práticas pedagógicas à redefinição da matriz curricular, o propósito desta comunicação é avaliar os ajustes que têm sido feitos nas políticas educacionais para formar professores críticos, reflexivos e familiarizados com as tecnologias transmissivas, interativas, colaborativas (CORONADO, SAINZ, NAVAZO, 2009), aptos a utilizar produtivamente comunidades virtuais de aprendizagem, acervos digitais e demais ambientes virtuais de ensino. A partir de metodologia documental e bibliográfica, a pesquisa exploratória focaliza o ensino de línguas, já que habilidades de comunicação oral e escrita, leitura e compreensão são indispensáveis em todas as esferas (PREVIDELLI, CÔRTES, 2007). Os resultados parciais apontam realizações inovadoras (MORAN, 2007; GODIM, 2001; SOTO, MAYRINK, GREGOLIN, 2009) e aplicações ao ensino, como o Banco Internacional de Objetos Educacionais, e desafios que precisam ser enfrentados, como os critérios de avaliação e os materiais didáticos on-line (RAMOS, 2009).
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