O trabalho com as conjunções coordenativas no livro didático de Ensino Fundamental de 2003 a 2017
Maria Marlene Marcon – UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Doutoranda em Letras Linguagem e Sociedade- profmariamarlene@gmail.com Orientadora: Dra. Aparecida Feola Sella – Docente da UNIOESTE - UniversidadeEstadual do Oeste do Paraná -
RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo refletir sobre a forma de tratamento dado às conjunções coordenativas do Ensino Fundamental, de 2003 a 2017. Analisou-se a obra Português:Linguagens, de William Cereja e Tereza C. Magalhães por ser a coleção mais utilizada – nos últimos quinze anos - pelas escolas do Núcleo Regional de Cascavel, Paraná. Procedeu-se a uma análise comparativa entre as concepções teóricas da Gramática Tradicional e as propostas da Linguística Textual, desde a sua inserção nos cursos de Letras, há meio século. Após investigar as propostas de atividades da referida obra, em relação às conjunções coordenativas, que tais atividades limitavam-se a retirar exemplos de textos para identificação das conjunções a serem estudadas, seguidas de definições e exercícios de classificação. Não eram considerados os casos em que conectores adversativos representavam relações concessivas entre os membros coordenados, como também quando refletiam a prioridade de uma oração sobre a outra; conectores alternativos, quando representavam, não somente alternância, mas relações mutuamente exclusivas, inclusivas e condicionais; além de casos em que conectores aditivos operavam valores de oposição e explicação. O não estabelecimento de relações entre aspectos gramaticais e semânticos caracteriza o predomínio do quadro teórico tradicional, uma vez que as atividades eram propostas, na maior parte, a partir do ponto de vista gramatical, desvinculadas, portanto, de seu uso no contexto.
Palavras-chave: livro didático, ensino fundamental, conjunções coordenadas